Alooouuuuu papais de plantão… vocês já pararam pra pensar que talvez o problema não seja a geração de filhos, pois ela pode ser a triste consequência de uma geração de pais alienados ao seu mundo, seu umbigo, sua dependência emocional, seu celular???
Nunca se teve tanta gente desesperada emocionalmente por um “amor”, ou simplesmente alguém para chamar de “seu”… e nisso tudo entre mensagens e dependências emocionais, acaba se deixando num canto qualquer a profissão de pai e mãe…
O fato de você não ficar com o pai ou com a mãe do seu filho não quer dizer nada, nem tão pouco de você arrumar um padrasto ou madrasta pra ele, mas sim ao quanto de importância isso tem na sua vida, qual o nível do desespero emocional que você vive, que abre mão muitas vezes de um amor muito maior, que esse sim você pode chamar de seu, para satisfazer as regalias da pessoa amada, que por sua vez acaba por vencer a batalha de atenção vivida entre ela e teu filho…
Sim, você é estupidamente medíocre todas as vezes que deixa de viver a infância do seu filho para viver um “amor”, ou apenas tentar viver um, pois na maioria das vezes nem consegue alcançar esse objetivo, e mesmo assim o seu filho fica para segundo ou terceiro plano…
A paciência que você tem pra lidar e satisfazer as vontades da “pessoa amada” deve ser tal qual a paciência que você tem com teu filho, e todas as birras que cada fase reserva na infância dele, mas o que mais vemos é homens e mulheres com toda paciência do mundo para lidar com as insatisfações ou os “dodóis” da pessoa “amada”, e o filho na primeira “manha”, já é colocado a prova de xingamentos e humilhações, criando cada vez mais um ser humano que interpreta o mundo com muita inveja e frustração, pois não consegue ver sentido nessa palhaçada toda, não entende o que acontece, e por isso cada vez mais fica dentro do seu mundo, e não consegue confiar em ninguém… esse mesmo ser humano um dia vai crescer, e inacreditavelmente vai fazer parte dessa tal geração solidão, sufocada por um sentimento da mais profunda baixo autoconfiança, mergulhada desde cedo num mar de antidepressivos e ansiolíticos, que não vê sentido na vida, que não acredita no amor, que não tem compaixão, e você que muitas vezes coloca o lacinho de combate ao suicídio e depressão, numa foto perfeita e estúpida de perfil mostrando todas as tuas falsas qualidades, não consegue perceber que na prática vive a mais pura hipocrisia…
Nessas linhas não está sendo desenvolvido o assunto limites das crianças, nem tão pouco educação de filhos, mas sim educação de pais, que insistem em ser “pais de selfie”, pagam um sorvete ou levam ao cinema não para viver o momento com a criança, mas sim para poder mostrar aos outros o que faz, e depois da selfie “falsifix”, continua por babar regalias a “pessoa amada”, e o filho volta para o final da fila…
Sim, você deve viver o amor a dois, deve ter um tempo pra você, deve fazer programas românticos, mas o que se vê hoje é bem diferente disso, pois por desespero de precisar ter alguém do seu lado, mesmo que de forma deplorável, acaba-se por viver apenas isso, afinal de contas você ainda não aprendeu a lidar com as suas emoções não é mesmo?
Você não acha um tanto quanto injusto o filho, que não pediu para vir ao mundo, que só teria você como referência de aconchego e segurança, ter que disputar um lugar no seu coração que agora está mais interessado em provocar a fulana, ou saber onde anda o ciclano, onde todos são mais importantes que ele??
Lembra, esse é apenas um texto que apresenta um ponto de vista, a percepção sobre uma versão, e você não é obrigado a concordar comigo, mas o que não dá pra negar em hipótese alguma, é que as coisas têm mudado muito rápido, e que nós já somos resultado de uma mudança repentina de verdades, e que é nossa função, querendo ou não, garantir que não vigore essa geração chamada solidão!!!